Dados do Trabalho


Título

TERAPIA FOTODINAMICA COM ALVO VASCULAR COMO TRATAMENTO DE TUMOR UROTELIAL DO TRATO SUPERIOR

Resumo

Introdução: Os carcinomas uroteliais do trato urinário superior (CUTUS) são lesões que têm como opção terapêutica a terapia fotodinâmica direcionada aos vasos (VTP) com padeliporfina, a qual é a forma mais recente de terapia fotodinâmica (PDT). O dano à vasculatura tumoral causado por partículas reativas faz com que o tumor seja destruído secundariamente, preservando assim a estrutura de colágeno do órgão.
Objetivos: Identificar evidências da utilização de terapia fotodinâmica com alvo vascular como opção de tratamento para tumores uroteliais do trato superior.
Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada por meio de pesquisa nas bases de dados PubMed e Embase. Foram utilizados os descritores “Photochemotherapy”, “Ureteral Neoplasms” e “Upper Urinary Urothelial Carcinoma”. Incluiu-se artigos publicados nos últimos dez anos e excluiu-se artigos que não abordassem a utilização de VTP como recurso terapêutico em casos de tumor urotelial do trato superior.
Resultados: Os CUTUS são lesões localizadas nos ureteres ou cavidades pielocaliciais, responsáveis por 5 a 10% dos carcinomas uroteliais. A sobrevida está entre 5 anos, dependendo da localização inicial da lesão. A terapia fotodinâmica com alvo vascular é um método seguro e bem tolerado no tratamento para neoplasias urológicas. Age fornecendo dano tumoral focal secundário à destruição de pequenos vasos, desencadeada pela liberação de espécies de oxigênio reativas citotóxicas após iluminação de luz específica. Poucos estudos estão em andamento a respeito do emprego da técnica, contudo os resultados parciais apresentados são otimistas. Um estudo de fase I de um único centro e um único braço está avaliando pacientes com CUTUS tratados com VTP de padeliporfina (4 mg/kg) ativado com laser de diodo a 753 nm por meio de um ureteroscópio flexível. Entre os pacientes tratados, a taxa de resposta completa foi de 64%. As toxicidades relacionadas ao tratamento foram limitadas e nenhuma evidência de aumento de toxicidade foi identificada.
Conclusões: Com base no mecanismo de ação não térmico e na vantagem minimamente invasiva, a VTP tem sido considerada uma terapia promissora na abordagem do câncer urológico. Entretanto, a aplicação da fototerapia tem se mantido limitada devido à complexidade técnica, implementação, dosimetria e efeitos indesejáveis. O desenvolvimento de novos fotossensibilizadores mais seletivos e protocolos de aprimoramento podem aumentar a eficácia oncológica da técnica.

Palavras Chave

Terapia fotodinâmica, Neoplasias ureterais e Carcinoma urotelial do trato superior.

Área

Tumores Raros

Instituições

Faculdades Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil, Universidade do Estado de Mato Grosso - Mato Grosso - Brasil

Autores

NADIA CRISTINA BERTON, JEFFERSON WRUBLACK CUBA, CAMILA PAIXÃO MARQUES