Dados do Trabalho
Título
RESSONANCIA MAGNETICA NA VIGILANCIA ATIVA DO SEMINOMA LOCALIZADO: REVISAO DE LITERATURA
Resumo
INTRODUÇÃO: A vigilância ativa em pacientes com seminoma estágio I tem como objetivo identificar possibilidade de recidiva tumoral. De forma geral, a tomografia computadorizada (TC) do abdome contrastada é realizada no primeiro ano (3, 6 e 12 meses), no segundo ano (6 e 12 meses) e a cada 1 à 2 anos nos 4 a 5 anos seguintes. Contudo, a ressonância magnética (RM) do abdome parece ser uma boa alternativa para o acompanhamento. OBJETIVO: Avaliar o benefício do uso da ressonância magnética na vigilância ativa de pacientes com seminoma grau I. MÉTODOS: Realizado uma revisão de literatura, por meio de um levantamento de dados internacionais e nacionais do PubMed, MEDLINE e SciELO, no período de 10 anos que incluíam estudos avaliativos sobre o benefício do uso da ressonância magnética na vigilância ativa de pacientes com seminoma grau I, sendo inclusos: metanálises, revisões sistemáticas e estudos de coortes. Os descritores de busca utilizados foram: seminoma, vigilância ativa, tomografia computadorizada e ressonância magnética. RESULTADOS: No total onze artigos foram inclusos no estudo. Quando comparada a TC contrastada de abdome com a RM, detectou menos recidivas de doença avançada (0,6 % vs 2,6%). Além disso, imagens mais frequentes por RM em sete estudos detectaram recidiva da doença mais avançada (2,8%), em comparação com série de imagens menos frequentes com três estudos (0,3%). Ademais, pacientes que recebiam vigilância ativa por RM apresentaram uma taxa de sobrevida global, sem recidiva tumoral em 5 anos, de 99%. Embora RM se apresente como uma alternativa de vigilância ativa no seminoma testicular, as opções após orquiectomia radical devem discutidas havendo tomada de decisão compartilhada com o paciente, já que uma grande maioria da população é passível de cura. As opções pós orquiectomia incluem: vigilância ativa (RM ou TC), radioterapia ou ciclos de carboplatina. CONCLUSÃO: A ressonância magnética de abdome é uma alternativa razoável na vigilância ativa em pacientes com seminoma estádio grau I, quando deseja-se evitar a exposição à radiação ou uso de contraste. Entretanto, a utilização de imagem (TC ou RM de abdome) deve ser utilizada em toda a vigilância.
Palavras Chave
seminoma; vigilância ativa; tomografia computadorizada; ressonância magnética
Área
Câncer de Testículo
Instituições
Universidade do Oeste de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil
Autores
JAMILE ROSSET MOCELLIN, JACKSON RIBEIRO FERNANDES, ANTONIO EUCLIDES PEREIRA DE SOUZA JUNIOR