Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO COM ERDAFINITIB EM CANCER DE BEXIGA

Resumo

Introdução: O erdafitinibe é a primeira terapia oral para o câncer de bexiga avançado ou metastático com alterações genéticas de FGFR2 ou FGFR3, representando um progresso notável no tratamento do câncer urotelial. É um inibidor oral potente e seletivo de pequenas moléculas do fibroblasto, no qual o sequenciamento de DNA direcionado é fundamental.
Objetivos: Analisar o uso erdafitinibe para o tratamento de câncer de bexiga.
Métodos: Revisão de literatura não-sistemática com dados do PubMed. Foram utilizados os seguintes descritores: “bladder cancer”, “erdafitinib”. Os critérios de seleção foram publicações dos últimos 5 anos em língua inglesa e portuguesa. Dessa pesquisa, foram encontrados 41 artigos, sendo incluídos no estudo 5 artigos.
Resultados: Erdafitinibe é um agente antineoplásico que se liga seletivamente aos receptores FGFR2 e FGFR3, os impedindo de dimerizar e ativar vias de sinalização, resultando em morte celular. O estudo original avaliou o erdafitinibe em pacientes com carcinoma urotelial irressecável avançado ou câncer urotelial metastático. A fase II incluiu 99 pacientes com FGFR2 ou com FGFR3 que, apesar da quimioterapia anterior ou adjuvante, tiveram progressão da doença. A sobrevida global com erdafitinibe foi de 13,8 meses. A taxa de resposta foi observada em 49% dos pacientes mutantes de FGFR3 em comparação com 16% dos pacientes com fusões FGFR2, sugerindo uma resposta melhor do erdafitinibe em pacientes com mutações de FGFR3. Os principais efeitos adversos observados no estudo foram: hiperfosfatemia (77%), retinopatia serosa não central (52%), diarreia (51%), boca seca (46%). Algumas anormalidades hematológicas, como diminuição da hemoglobina (35%), diminuição da contagem de plaquetas (19%), e um declínio nos leucócitos (19%) e nos neutrófilos (10%) foram relatadas.
Conclusão:O erdafinitibe, recentemente aprovado pela ANVISA é o tratamento de escolha para os pacientes com progressão da doença após à quimioterapia a base de platina e imunoterapia, com suscetíveis alterações de FGFR2 ou FGFR3 em carcinoma urotelial músculo invasivo e metastático. Devido aos efeitos adversos do erdafinitibe, os pacientes devem ser monitorados para elevações nos níveis de fosfato sérico e mudanças na visão. Em suma, o erdafinitibe é uma nova modalidade de tratamento para um caso difícil de tratar.

Palavras Chave

Erdafinibe; câncer de bexiga; carcinoma urotelial.

Área

Câncer Bexiga

Instituições

Ulbra - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

CAROLINA SOUZA BASSO, BRUNA MARTINS DE SOARES , ANA LAURA TERRA AFFONSO, JÚLIA BORTOLINI ROEHRIG, NATALI ROCHA BERNICH, LAURA TOFFOLI, BIANCA BRINQUES DA SILVA , VANESSA SALING GUGLIELMI, GABRIELA KREUTZ FERRARI