Dados do Trabalho
Título
DIAGNOSTICOS DE NEOPLASIA MALIGNA DE TESTICULOS NO BRASIL: UMA ANALISE EPIDEMIOLOGICA DO PERIODO DE 2015 A 2020
Resumo
INTRODUÇÃO: Apesar de se tratar de um tipo de malignidade rara, com prevalência global de cerca de 2%, o câncer de testículo vem apresentando um aumento em sua incidência nas últimas décadas. Esses tumores são, comumente, diagnosticados em pacientes na faixa etária entre 20 e 40 anos e, até então, não foi identificada relação com exposição ambiental. OBJETIVOS: Analisar, estatisticamente, o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com neoplasia maligna dos testículos no Brasil, entre os anos de 2015 e 2020. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de série temporal, descritivo e retrospectivo das taxas de diagnóstico de câncer de testículo no Brasil. A análise foi feita a partir de um levantamento de dados do período entre janeiro de 2015 e dezembro de 2020, obtidos no banco de dados “Painel-Oncologia - Brasil” do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). RESULTADOS: Durante o período analisado, foram registrados no Brasil 8.126 diagnósticos de câncer com localização primária no testículo, sendo 2019 o ano de maior prevalência, com 1.851 diagnósticos; e 2015, o de menor prevalência, com 966 casos. No que tange a Unidade Federativa na qual o diagnóstico foi feito, São Paulo foi o estado com maior número de casos, totalizando 2.194, enquanto o Amapá teve apenas 5 casos registrados. Em relação ao perfil dos pacientes diagnosticados com câncer testicular, 36,38% ocorreram em pacientes na faixa etária dos 20 aos 29 anos. A segunda faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, com 30,25% dos casos. Do total de pacientes diagnosticados com neoplasias malignas nos testículos, 56,05% foram submetidos à modalidade terapêutica cirúrgica. CONCLUSÕES: Durante os 5 anos analisados, o estado de São Paulo foi responsável por cerca de 27% dos registros de câncer de testículo no Brasil, o que pode ser relacionado com o fato de se tratar do estado mais populoso do país. No que tange o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com neoplasia maligna nos testículos, foi possível comprovar o dado epidemiológico presente na literatura, além da preferência da intervenção cirúrgica como modalidade terapêutica. Apesar da raridade, houve um aumento progressivo no número de diagnósticos de câncer de testículo no Brasil. Em função disso, é necessário conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados, a fim de definir os grupos prioritários e realizar possíveis intervenções que permitam reduzir os diagnósticos e seus possíveis desfechos.
Palavras Chave
epidemiologia; neoplasia de testículo; diagnósticos
Área
Câncer de Testículo
Instituições
Universidade Luterana do Brasil - ULBRA - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
BRUNA ROSSETTO, VANESSA MU MEKSRAITIS, ALICE WICHRESTIUK D’ARISBO, VIVIAN LIZ DE MEDEIROS VIEIRA, EDUARDO BELTRAME MARTINI, ISABELA ZOPPAS FRIDMAN, EDUARDA VANZING DA SILVA, PAULA SIMINOVICH, PEDRO FERREIRA AZEVEDO, AMANDA TOMAZZONI MICHELON