Dados do Trabalho


Título

ASPECTOS EPIDEMIOLOGICOS, NO PERIODO DE 2010 A 2020, DA NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA NO BRASIL

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de bexiga é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário. Seguindo o perfil epidemiológico mundial, os homens são o grupo com maior prevalência da neoplasia, especialmente a partir dos 60 anos. Geralmente classificado, histologicamente, como carcinoma urotelial, o câncer de bexiga se manifesta, na grande maioria dos casos, através da hematúria. Com taxa de incidência estimada no Brasil, segundo o INCA, de 10.640 novos casos, com 4.517 mortes anualmente, políticas públicas em saúde se fazem cada vez mais importante nesse cenário, especialmente no estabelecimento de um diagnóstico precoce. OBJETIVO: O objetivo do trabalho é analisar, estatisticamente, os perfis epidemiológicos do câncer de bexiga, no Brasil, entre os anos de 2010 a 2020, segundo as principais características da patologia. MÉTODOS: Estudo epidemiológico, cujas informações contidas foram obtidas por meio de uma revisão da literatura e de uma coleta no banco de dados do DataSus, no período de 2010 a 2020, sobre os aspectos epidemiológicos referente a neoplasia maligna de bexiga no Brasil. RESULTADOS: Nos últimos 10 anos, foram registradas 157.920 internações por neoplasia maligna da bexiga no Sistema Único de Saúde (SUS), com uma média de 14.356,36 casos por ano, sendo 2019 o ano de maior prevalência, com 18.979 internações. Observou-se, no presente estudo, uma prevalência de internações do sexo masculino, em relação ao sexo feminino, sendo caucasianos a etnia mais frequente em ambos os sexos. Quanto ao perfil dos pacientes internados, há uma predominância da faixa etária entre 60-69 anos, com 49.391 internações, seguida da faixa etária de 70-79 anos, com 46.781. No que tange à mortalidade, registrou-se, na última década, um total de 10.415 óbitos, sendo 7.102 do sexo masculino e 3.313 do sexo feminino. Ademais, a taxa de mortalidade derivada da neoplasia maligna de bexiga foi de 7,23 para as pacientes do sexo feminino, enquanto para o sexo masculino foi de 6,34. CONCLUSÃO: A análise demonstrou um número elevado de internações e mortes por câncer de bexiga nos últimos 10 anos. Mais de metade dessas internações foram masculinas, possivelmente porque o tabagismo é o principal fator de risco para a doença. Contrariamente, a maior taxa de mortalidade em mulheres é influenciada pelo diagnóstico tardio da doença, decorrente principalmente da percepção errônea de que os sintomas do câncer são de uma infecção urinária, muito comum no sexo feminino.

Palavras Chave

Neoplasia de Bexiga; Epidemiologia dos Serviços de Saúde; Brasil.

Área

Câncer Bexiga

Instituições

ULBRA - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ANA VICENZA RAYMUNDI DE OLIVEIRA, EDUARDO BELTRAME MARTINI, NATÁLIA ISAIA BROWNE MAIA, VANESSA MU MEKSRAITIS, EDUARDA VANZING DA SILVA, HELLEN DE FREITAS MONTEIRO, VIVIAN LIZ DE MEDEIROS VIEIRA, JULIANA RUAS VENTURA, THAINARA VILLANI, CAROLINA LEAL BENDER