Dados do Trabalho
Título
Análise de estratégia de manejo da sede no pós-operatório na sala de recuperação anestésica.
Introdução
Buscando focar a segurança do paciente cirúrgico no período pós-operatório imediato, na sala de recuperação anestésica, lançamos olhares para elaboração de estratégias que buscam promover conforto ao paciente neste momento, criando estratégias viáveis e seguras para mitigar a sede tão presente nos pacientes durante este período
Objetivo
Avaliar a estratégia simples e segura para mitigar a sede do paciente no pós-operatório imediato na sala de recuperação anestésica, avaliando o conforto dado ao paciente que tem sede neste período do perioperatório,
Método
Trata-se de uma pesquisa de campo, prospectiva com abordagem quantitativa, com aplicação de formulário como instrumento para coleta de dados, onde os pacientes foram convidados a participar da pesquisa durante uma abordagem no pré-operatório, concordaram em participar da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A segunda abordagem se deu no pós-operatório imediato, na sala de recuperação pós-anestésica, incluindo na pesquisa aqueles que apresentaram sede neste período. Para a oferta da água os pesquisados foram avaliados em relação a viabilidade da oferta aplicando o protocolo de segurança para o manejo da sede no pós-operatório imediato, em seguida foi ofertado água gelada a 4ºC por meio de pipeta com capacidade de 2,5ml de volume. A pesquisa foi submetida a avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Lusíada, com parecer CAAE 51689921.1.0000.5436.
Resultados
O estudo foi realizado com 30 pacientes, com prevalência do sexo feminino, todos os pacientes participaram da primeira oferta de água, em que as sensações obtidas após a primeira oferta foram de 22 (73,3%) pacientes satisfeitos e 8 (36,7%) pacientes pouco satisfeitos. Em seguida, após 5 minutos foi realizada a segunda oferta de água aos 28 pacientes que ainda verbalizaram ter sede. As sensações presentes após essa segunda oferta foram de 13 (46,4%) participantes muito satisfeitos; 13 (46,4%) satisfeitos e 2 (7,2%) pouco satisfeitos. Dentre os pacientes participantes, nenhum relatou insatisfação na ingesta de água. Nenhum paciente apresentou náuseas ou vômitos após a ingestão da água.
Conclusões
O estudo apontou uma incidência muito elevada de sede no pós-operatório imediato na sala de recuperação pós-anestésica, assim como detectamos que sua intensidade é alta. Independe do procedimento cirúrgico e o tipo de anestesia os pacientes apresentaram sede. A estratégia utilizada demonstrou ser bem eficaz, visto que é barata e de fácil manejo, onde o paciente é avaliado de forma individualizada e sistematizada, permitindo que a equipe de enfermagem atue de forma intencional e promovendo o conforto, garantindo desta forma uma recuperação anestésica segura e confortável, quando comparado a outras estratégias de difícil manejo e viabilidade dentro das nossas SRPA. A queixa de sede no pós-operatório deve ter importância, nos levando a promoção do conforto do paciente, assim como outras queixas que o paciente apresenta neste período pós-operatório tão delicado. E neste contexto o enfermeiro é o profissional que faz a diferença frente ao cuidado e conforto dos pacientes cirúrgicos.
Palavras-chaves
Período pós-operatório; Sede; Segurança do paciente
Referências
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Área
Recuperação Pós-Anestésica
Categoria
Enfoque na prática
Autores
Maria Antonieta Velosco Martinho, Beatriz Biliatto Silva