Dados do Trabalho

Título

Identificação dos materiais processados em um Hospital de Neurologia de Goiás: Relato de experiência

Introdução

O Centro de Material e Esterilização (CME), tem como missão, abastecer os serviços assistenciais e de diagnósticos com produtos processados, garantindo a quantidade e a qualidade necessária para assistência direta e segura ao paciente e atua como um protagonista no combate à ocorrência de Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS)1. De acordo com a Resolução Diretoria Colegiada (RDC) N° 15 de 2012 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é necessário a identificação nas embalagens dos produtos para saúde submetidos à esterilização por meio de rótulos ou etiquetas e devem conter dados, como: nome do produto; número do lote; data de esterilização; data limite de uso; método de esterilização; e nome do responsável pelo processo 2. Ademais, a RDC N° 30 de 2006 da ANVISA traz que os materiais que foram abertos, mas não utilizados, não podem ser apenas reesterilizados, estes, devem passar por todo processo novamente, iniciando pelo processo de limpeza e finalizando no armazenamento, logo, o reprocessamento de materiais que foram abertos e não utilizados, são considerados gastos desnecessários relacionados ao CME3. Foi observado que, no CME de um Hospital de Neurologia da região Centro Oeste de Goiás,não se realiza a devida identificação dos dados nos materiais processados, o que motivou a realização da intervenção descrita neste relato de experiência.

Objetivo

Descrever a experiência da implementação de um Check-list de controle do arsenal e do que está sendo recebido pelo CME em um Hospital de Neurologia da região Centro Oeste de Goiás.

Método

Trata-se de relato de experiência, a respeito de uma intervenção realizada por acadêmicos de enfermagem de uma Instituição de ensino superior militar do estado de Goiás,como atividade de estágio na CME de um Hospital de Neurologia da região Centro Oeste de Goiás, no período de março a maio do ano de 2022.

Resultados

A partir da observação da realidade presenciada no CME do hospital em questão, foi notado que os processos de qualidade acontecem de forma diligente, entretanto, foram analisadas algumas situações que necessitavam de adequações imediatas como: identificação dos produtos processados e controle de entrega e retorno dos Produtos Para a Saúde (PPS). A aplicação de um Check-list de controle do arsenal e do que é recebido pelo CME, tem como objetivo quantificar todos os PPS, bem como, todas as identificações com as informações necessárias, evitando assim, reprocessamentos e possibilitando a utilização adequada nas datas limites de cada produto.Conclusão: Ao final do estágio, foi implementado uma solução para a problematização, trazendo melhorias para o serviço. A solução classifica-se como viável, pois o CME apresenta capacidade para implementação e aplicação dos Check-list de: controle do arsenal e controle dos PPS recebidos pelo CME das unidades consumidoras, para controle de fluxo de entrada, saída e o consumo destas unidades.

Conclusões

Após a intervenção, notou-se à adesão aos Check-list implementados de forma colaborativa e se conscientizaram da importância deste controle.Espera-se que após a intervenção, ocorra a redução do quantitativo de produtos reprocessados, gerando economia de recursos, controle de processamentos dos materiais e redução de IRAS.

Palavras-chaves

Enfermagem, RDC, Infecções relacionadas à assistência em saúde, Centro de materiais e esterilização.

Referências

1. SOBECC. Associação brasileira de enfermeiros de centro cirúrgico, recuperação, anestesia e centro de material e esterilização. Diretrizes de práticas em enfermagem, cirurgia e processamento de produtos para a saúde. 7 ed. rev. atual. Barueri: Manole, 2017.

2. ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada- RDC Nº 15, de 15 de março de 2012. Disponível em:https://www.saude.go.gov.br › upload › arquivos

3. ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada- RDC Nº 30, de 27 demaio de 2009. Disponível em: