Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLOGIA DA POLICITEMIA VERA NO BRASIL NO PERÍODO DE 2018 A 2022

Introdução

A policitemia vera é uma doença mieloproliferativa crônica com hiperproliferanção de granulócitos, megacarióticos e células eritrocitárias no sangue periférico. Esse processo gera hipercelularidade sanguínea, com diminuição do fluxo sanguíneo e consequente disfunção ou oclusão vascular, causando isquemia e aumento de risco de eventos trombóticos. As manifestações típicas consistem em dor de cabeça, tontura, fraqueza, pletora, prurido e esplenomegalia, sendo os três últimos mais sugestivos da doença. Para o diagnóstico de policietmia vera, a Organização Mundial de Saúde incluiu o mínimo de hemoglobina 16,5 g/dL ou hematócrito 49% para mulheres e 16 g/dL ou 48% para homens, ou massa eritrocitária aumentada ou biópsia de medula óssea e presença de JAK2 V617 ou JAK2 exon 12. O critério menor inclui níveis subnormais de eritropoietina. O diagnóstico é feito com três critérios maiores ou dois maiores e um menor. A prevalência não é bem descrita na população brasileira, sendo reportados aproximadamente 2 casos por 100.000 habitantes por ano na população mundial. A incidência de policitemia vera aumenta com a idade avançada e varia de 0,01 casos a 2,8 casos por 100.000 habitantes. A idade média dos pacientes ao diagnóstico é de 60 anos, sendo os casos de pacientes menores de 20 anos raramente reportados.

Objetivo

Analisar a prevalência de casos de policitemia vera no Brasil no período de 2018 a 2022, tendo como parâmetros número de casos relatados, faixa etária e sexo.

Casuística

não se aplica

Método

Trata-se de um estudo sobre dados secundários, obtidos através do Sistema de Informação Ambulatorial, Sistema de Informação Hospitalar e Sistema de Informações de Câncer, referentes aos casos de policitemia vera registrados entre os anos de 2018 a 2022 em indivíduos de 60 a 79 anos.

Resultados

No período em estudo o número total de casos entre pacientes de 60 a 79 anos foi de 1.033, com a maior prevalência no ano de 2021, em um total de 261 casos. A maior parte dos casos diagnosticados foi em indivíduos de 63 anos, com 76 casos no total. Foi observada uma predominância de 67 casos no sexo masculino.

Discussão e conclusões

Os dados encontrados condizem com os resultados obtidos na literatura. É importante ressaltar que, visto que as informações foram extraídas de uma base de dados, podem conter falhas, o que compromete a fidedignidade dos achados apresentados. A análise da incidência da policitemia vera no Brasil e do perfil epidemiológico dos pacientes torna-se essencial para o conhecimento da doença, visto que a literatura não dispõe de dados suficientes.