AVALIAÇAO DA CITOTOXICIDADE DE FORMULAÇOES MICELARES CONTENDO RESVERATROL EM CELULAS DE CARCINOMA DE BEXIGA
O câncer de bexiga possui alta prevalência no Brasil. Em virtude do alto custo do tratamento e dos efeitos adversos dos quimioterápicos atuais, a busca por novos agentes antitumorais têm ganhado destaque. A atividade antineoplásica do resveratrol tem sido demostrada em vários estudos, entretanto sua baixa solubilidade em água e baixa biodisponibilidade no organismo são limitações ao seu uso. Assim, o objetivo deste estudo foi desenvolver soluções micelares contendo resveratrol e avaliar seu efeito em linhagens celulares de carcinoma de bexiga T24. Foram preparadas formulações com resveratrol contendo 5 e 10% de polímero pelo método de dispersão a frio, sendo que somente a formulação contendo 10% de polímero apresentou-se ideal em relação a estabilidade, ao tamanho médio, índice de polidispersão e taxa de encapsulação. Posteriormente, as células T24 foram tratadas com diferentes concentrações das formulações contendo resveratrol e com resveratrol livre por 24 horas. Após análise, observou-se redução na viabilidade celular de cerca de 60%, tanto com formulações quanto com resveratrol livre nas células tratadas com as maiores concentrações (150, 200 e 250 µM). Apesar da formulação não beneficiar significativamente o efeito citotóxico do resveratrol, o estudo da formulação é justificável para reduzir as limitações de administração do fármaco.
carcinoma de bexiga
formulações micelares
resveratrol
URO-ONCOLOGIA
Sávio Henrique Souza ALMEIDA, Tamires Cunha AlMEIDA, Glenda Nicioli DA SILVA