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2° Congresso Internacional do GRAACC

Dados do Trabalho


Título

PREVALÊNCIA DAS INFECÇÕES BACTERIANAS NO TRATAMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS

Introdução

Sabe-se que, crianças e adolescentes imunossuprimidos têm mais tendência a infecções bacterianas, o que pode interromper ou atrasar o tratamento, agravar o quadro clínico e aumentar a morbimortalidade. Este estudo pretende explorar os impactos das infecções bacterianas no tratamento oncológico de crianças e adolescentes para melhorar a assistência e o manejo.

Objetivo

Descrever o as infecções bacterianas em pacientes oncológicos pediátricos.

Método

Estudo retrospectivo e descritivo, realizado em um centro de tratamento oncológico pediátrico. Os dados foram coletados em um sistema de registros, no período de janeiro a dezembro de 2019, e organizados em um banco de dados, contendo variáveis referentes a dados de identificação e caracterização das infecções. Os dados foram analisados utilizando frequência simples e absoluta.

Resultados

Foram incluídos 33 pacientes (54,55% do sexo masculino e 45,45% do sexo feminino). Desses, duas eram infecções fúngicas, e o restante (93,9%) bacterianas. Quanto ao tipo de câncer, 27,28% eram tumores sólidos e 72,72% hematológicos. Fatores de risco identificados incluíram neutropenia (60,60%) e dispositivos invasivos (39,40%). Os agentes bacterianos identificados na hemocultura, foram: Bacillus megaterium (3,22%), Staphylococcus epidermidis (3,22%), Serratia odorifera (3,22%), Enterobacter cloacae (3,22%), Micrococcus spp (3,22%), Escherichia fergusonii (3,22%), Enterococcus sp (6,45%), Escherichia coli (6,45%), Pseudomonas aeruginosa (9,67%), Acinetobacter baumannii (16,12%) e Klebsiella pneumoniae (16,12%), porém 25,80% não foram identificados. Como desfecho da infecção obteve-se 24,2% de pausas no tratamento quimioterápico, 27,2% em internações com complicações e 24,23% de óbitos.

Conclusão

As infecções bacterianas têm consequências negativas no tratamento oncológico pediátrico, pois compromete a eficácia do tratamento e eleva a morbimortalidade. Estratégias de prevenção são essenciais para melhorar os desfechos e a qualidade de vida dessas crianças. A colaboração multiprofissional e a adesão a protocolos e o manejo adequado, são fundamentais para mitigar os impactos das infecções bacterianas.

Área

Enfermagem

Categoria

Categoria Enfermagem

Autores

Mariana Goes da Silva, Mateus Sackmann Silva, Yasmin Soares Carloni, Fernanda Ribeiro Baptista Marques de Almeida