Dados do Trabalho

Título

Avaliação do uso da ferramenta nutricional “Nutrition Screening Tool for Childhood Cancer” (SCAN) em um hospital oncológico pediátrico

Introdução

É reconhecido o impacto da doença oncológica no estado nutricional de pacientes pediátricos. No Brasil, os dados demonstram uma prevalência de má nutrição nesse público, que pode variar entre 8% a 60% a depender do tipo de neoplasia, estadiamento da doença e modalidade de tratamento. As consequências da desnutrição, do sobrepeso e obesidade, durante qualquer fase do tratamento, estão associadas a um aumento da morbidade e mortalidade. A triagem nutricional é a primeira estratégia para rastrear o risco nutricional no momento da internação e durante a hospitalização, por isso, a identificação precoce de pacientes com ou em risco de desenvolver desnutrição é fundamental para permitir uma intervenção adequada, melhorar o estado nutricional desses pacientes e, consequentemente, melhorar o prognóstico e a sua qualidade de vida.

Objetivo

Avaliar o uso de uma ferramenta de triagem nutricional “Nutrition Screening Tool for Childhood Cancer” (SCAN) em um hospital oncológico pediátrico e sua efetividade em caracterizar o estado nutricional de pacientes oncológicos pediátricos.

Método

Foram coletadas amostras provenientes do setor de internação do hospital oncológico pediátrico e avaliado o uso da SCAN no período de maio de 2023 a abril de 2024. Os dados obtidos foram armazenados em software próprio.

Resultados

Foram aplicadas 441 triagens, resultando em 212 pacientes com risco nutricional (48%) e 229 sem risco nutricional (52%). Desses, 179 eram do sexo feminino (40,5%) e 262 do sexo masculino (59,5%). A prevalência de idade encontrada foi de 16 anos (7,7%). Avaliando o estado nutricional, foram realizadas 567 avaliações e 381 pacientes apresentavam baixo peso, 141 eutrofia e 45 excesso de peso, sendo assim, 75,1% dos pacientes estavam com o estado nutricional alterado.

Conclusão

Conclui-se que a ferramenta de triagem nutricional SCAN obteve eficácia em demonstrar que metade dos pacientes da amostra encontravam-se em risco nutricional. Além disso, os dados obtidos estão de acordo com a literatura, observando-se uma prevalência de um estado de má nutrição na população pediátrica oncológica.