Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLOGIA BRASILEIRA DO LINFOMA DE HODGKIN PEDIÁTRICO

Introdução

O Linfoma de Hodgkin é uma doença com características clínicas e patogênicas únicas que se apresenta na população pediátrica brasileira de maneira heterogênea em relação a outros países.

Objetivo

Expor a epidemiologia brasileira acerca do diagnóstico e tratamento de Linfoma de Hodgkin Pediátrico.

Método

Estudo Epidemiológico acerca do Linfoma de Hodgkin Pediátrico, no período de 08 de maio de 2024 e 10 de maio de 2024. Esse artigo retrata a epidemiologia do diagnóstico e tratamento do Linfoma de Hodgkin Pediátrico conforme a região do Brasil, entre 2014 e 2024, a partir de dados oriundos do Datasus. Critérios de inclusão: faixa etária de 0 a 19 anos, ambos os gêneros biológicos, com diagnóstico de Linfoma de Hodgkin. Critérios de exclusão: diagnóstico de outras neoplasias, ausência de diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, faixa etária acima de 19 anos.

Resultados

Entre 2014 a 2024 diagnosticou-se 3.045 casos de Linfoma de Hodgkin no Brasil, entre 0 a 19 anos. A prevalência por estado, em ordem decrescente, foi: Sudeste (40,38%), Nordeste (26,99%), Sul (17,56%), Norte (7,65%), Centro-Oeste (7,40%). Houve uma variação entre o número de diagnósticos entre os estados; São Paulo registrou 1029 casos (23,88% do valor total analisado) enquanto Roraima registrou 1 caso (0,02% do total). Em relação à faixa etária, 73,47% dos casos ocorreram entre 12 e 19 anos; 26,57% entre 3 e 11 anos; 0,78% entre 0 e 2 anos. Entre as quatro categorias terapêuticas aplicadas (cirurgia, quimioterapia, radioterapia, ambos), a quimioterapia ocorreu 82,2% (radioterapia 5,7%; cirurgia 4,47%; ambos 0,06%); 7,5% dos casos não há informação quanto ao tratamento. Os anos de 2017 e 2018 destacam-se por 453 e 430 casos tratados, respectivamente. Em contrapartida, em 2023, 421 pacientes receberam algum tratamento. As regiões com maior predominância de tratamento são Sudeste e Nordeste.

Conclusão

O Brasil possui diagnósticos de Linfoma de Hodgkin Pediátrico, com predominância expressiva na região Sudeste, principalmente na faixa etária de 12 e 19 anos, tanto em relação à prevalência, quanto ao número total de diagnósticos. Acerca do tratamento, destaca-se notadamente a predominância da quimioterapia, variando de 420 a 450 tratamentos por ano, essencialmente no sudeste e nordeste, números que acompanham proporcionalmente as taxas de prevalência dessas regiões.