Dados do Trabalho
Título
PERFIL DOS PACIENTES COM OSTEOSSARCOMA EM CUIDADOS PALIATIVOS TRATADOS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM ONCOLOGIA PEDIÁTRICA: ESTUDO RETROSPECTIVO.
Introdução
A identificação do perfil e aspecto clínico dos pacientes contribuirá para a disseminação deste conhecimento para a equipe multiprofissional, auxiliando no planejamento terapêutico das profissões frente a este tipo de câncer.
Objetivo
Identificar o perfil e as principais demandas clínicas dos pacientes com osteossarcoma em cuidados paliativos atendidos no Hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), localizado em São Paulo.
Método
Trata-se de um estudo retrospectivo, onde foram avaliados os dados epidemiológicos dos pacientes registrados no GRAACC, tratados entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de janeiro de 2022. Foram excluídos do estudo pacientes com outros tipos de tumores ósseos malignos; prontuários sem dados completos, pacientes com osteossarcoma curados e sem enquadramento em cuidados paliativos, apenas 62 prontuários atendiam os critérios de exclusão. Foram realizadas correlações entre idade no diagnóstico com o tempo de sobrevida, tipo de cirurgia oncológica com tempo de sobrevida, tempo de sobrevida versus presença ou ausência de metástase no momento do diagnóstico.
Resultados
A análise estatística foi realizada pela correlação de Pearson para as variáveis sexo e tempo de sobrevida e o teste não paramétrico de Mann-Whitney foi utilizado para a correlação dos demais dados. Do total de pacientes, 26 eram do sexo feminino e 36 do sexo masculino apresentando uma sobrevida entre 24 e 25 meses. Em relação aos tipos de cirurgias 58% foram submetidos à cirurgia de preservação de membro e 42% foram submetidos à amputação, o tipo de cirurgia apresentou influência na sobrevida do paciente p=0,016. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar as variáveis ‘’ Com meta’’ e ‘’ Sem meta’’ resultando numa significância p=0,096, ou seja, não há uma diferença estatística na sobrevida quando se compara a presença e ausência de metástase no momento do diagnóstico. Em relação ao final de vida dos pacientes foi observado o relato de dispneia, dor e necessidade de aporte de O2.
Conclusão
Concluímos que o sexo do paciente não apresenta influencia na capacidade de sobrevida, sendo a mediana da sobrevida após o diagnóstico de 2 anos. Observou-se que as amputações geralmente estão associadas a casos mais graves, o que pode ser deduzido pela sobrevida menor no grupo de pacientes amputados. O final de vida desses pacientes está associado a dor, dispneia, necessidade de oxigenoterapia e consequentemente piora da qualidade de vida e funcionalidade.
Área
Reabilitação
Categoria
Categoria Multiprofissional
Autores
Catarine Gawriljuk Masotti, Liliana Yu Tsai, Eliana Maria Monteiro Caran