Dados do Trabalho


Título

RESULTADOS ANATOMOPATOLOGICOS DE PACIENTES ELEGIVEIS A VIGILANCIA ATIVA SEGUNDO DIFERENTES PROTOCOLOS SUBMETIDOS A PROSTATECTOMIA RADICAL

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de próstata (CAP) é o tumor de órgão sólido mais comum nos homens e é a segunda causa de morte relacionada a câncer nessa população. Neste cenário a vigilância ativa tem ganhado popularidade e indicação pertinente no seguimento dos pacientes de baixo risco.

OBJETIVO: Avaliar os resultados anatomopatológicos de pacientes submetidos à prostatectomia radical, que sejam elegíveis a entrar em protocolos de vigilância ativa, com ênfase nas alterações de estadiamento e grau (escore de Gleason) quando comparados à biópsia transretal e ao estadiamento clínico.

MÉTODO: Análise retrospectiva de 660 prostatectomias radicais realizadas por neoplasia de próstata clinicamente localizada no Hospital do Servidor Público Estadual de SP entre 2010 e 2016. Foram analisadas segundo seis protocolos de elegibilidade para inclusão em vigilância ativa. Os critérios estudados foram: Johns Hopkins, UCSF, PRIAS, Universidade de Toronto, Universidade de Miami e Memorial Sloan Ketterin. Foram estudados os resultados do exame anatomopatológico da peça cirúrgica, com ênfase no estadiamento (TNM) e escore de Gleason. Esses resultados foram comparados entre os grupos, visando identificar a divergência entre os achados clínicos e anatomopatológicos.

RESULTADOS: O percentual de “upgrade” (Gleason >6) variou entre os grupos, sendo maior no de Toronto (40%) e menor no PRIAS (30,8%). A análise comparativa entre os grupos não demonstrou diferença com significância estatística. Em relação ao “upstaging” (>T2), novamente o grupo de Toronto apresentou maior percentual (7%), com o menor valor sendo encontrado no grupo de Miami (3,4%).

CONCLUSÃO: Em relação aos critérios de inclusão dos pacientes em vigilância ativa, a análise proposta não evidenciou superioridade de um protocolo em relação aos demais em termos de identificação do paciente que realmente apresenta doença de baixo risco. Os valores de “upgrade” e “upstage” foram semelhantes ou menores aos encontrados em outros trabalhos publicados, ressaltando a validade interna do trabalho e a possibilidade de utilização da vigilância ativa como modalidade de tratamento, independente do protocolo adotado.

Palavras Chave ( separado por ; )

Câncer de próstata, Adenocarcinoma de próstata, Vigilância ativa, Uro-oncologia

Área

Uro-oncologia

Instituições

Hospital do Servidor Público Estadual de SP - HSPE - IAMSPE - São Paulo - Brasil

Autores

Robson Zortea Laranja, João Paulo Barbosa de Oliveira, Caio Pasquali Dias dos Santos, Lucas Perini Guerra, Mario Jose Brea Monteiro Brito, Gustavo Barros Pena Ribeiro Paiva, Brenno Ivo Soares Santos, Matheus Del Grandi Spontão, Renato Panhoca, Luis Augusto Seabra Rios