Dados do Trabalho


Título

SLING DE PAREDE VAGINAL MODIFICADO PARA PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA APÓS RADIOTERAPIA PÉLVICA

Resumo

Introdução: Revisitamos o uso dos slings de parede vaginal motivados pela discussão do uso de telas em correções de defeitos pélvicos, e sua proibição recente pelo FDA. Descrevemos a aplicação de um sling de parede vaginal modificado, utilizando a técnica descrita por Raz em 1989, em pacientes com incontinência urinária de esforço (IUE) após radioterapia pélvica, demonstrando uma opção de tratamento viável e eficiente.
Objetivo: Relatar a nossa experiência com 3 pacientes com procedimento de sling de parede vaginal modificado adotado para corrigir IUE após Radioterapia de feixe Externo(RFE) para carcinoma endometrial.
Métodos: Análise retrospectiva com recrutamento de 3 pacientes com IUE após RFE para carcinoma endometrial, no período entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2010. A investigação pré-operatória incluiu história completa com exame físico, visualização da perda urinária pela uretra durante a manobra de estresse, cistoscopia e avaliação urodinâmica completa. A técnica cirúrgica está exemplificada em diagramas anexos ao pôster. Todos os pacientes responderam ao " International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form " (ICIQ-SF) antes e um ano após a cirurgia. Nova urodinâmica foi realizada um ano após a cirurgia.
Resultados: O seguimento médio foi de 17,4 meses. Nenhuma das pacientes apresentou complicações como hemorragia, lesão visceral, infecção, fístulas urogenitais ou lesões nervosas. Apenas a paciente número 2 desenvolveu hiperatividade detrusora imediatamente após a cirurgia, mas foi resolvido espontaneamente em 6 meses. Apesar de nenhuma das pacientes ter ficado completamente continente após o procedimento cirúrgico, todas indicaram melhora quando responderam ao questionário (ICIQ-SF) sobre o quanto a IUE interferia no seu cotidiano.
Conclusões: A técnica modificada de sling de parede vaginal anterior in situ para o tratamento da incontinência urinária de esforço secundária à radioterapia é simples e econômica. Tem baixa incidência de complicações locais no período pós-operatório. A taxa de sucesso a curto prazo é satisfatória; portanto, esse procedimento pode ser uma opção razoável para pacientes nos quais a dissecção entre a uretra e a parede vaginal e o uso de materiais exógenos podem aumentar o risco de complicações locais. Um acompanhamento mais longo e uma amostragem maior são necessários para confirmar nossos achados.

Palavras Chave ( separado por ; )

radioterapia pélvica; carcinoma endometrial; incontinência urinária de esforço; Sling de parede vaginal; urodinâmica

Área

Uro-oncologia

Instituições

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

Wanderson Pereira de Andrade, Antônio Antunes Rodrigues Júnior, Rodolfo Borges dos Reis, Rafael Neuppmann Feres, Marcelo Pires de Campos Linardi, Sérgio Franca de Souza Filho, Alan Cantalabio Costa, Thadeu Baraldi Ferreira, André Antônio Batista, Thiago Henrique Caetano da Silva