AVALIAÇAO DE COMPLICAÇOES DE CISTECTOMIA RADICAL EM CENTRO DE REFERENCIA NO ESTADO DE SAO PAULO
Introdução: Cistectomia radical está indicada para tratamento de neoplasias vesicais músculo-invasivas. É um procedimento cirúrgico complexo, associado a altas taxas de complicações, internações prolongadas e reabordagens cirúrgicas, mesmo em centros especializados.
Objetivos: Avaliar e relatar as complicações de pacientes submetidos à cistectomia radical, no Hospital Santa Marcelina.
Métodos: Realizada revisão retrospectiva de prontuários médicos de 82 pacientes, submetidos à cistectomia radical aberta, devido neoplasia maligna da bexiga, no período de 2014 a 2018, no Hospital Santa Marcelina/SP. A revisão avaliou pacientes de ambos os sexos e diferentes faixas etárias.
Resultados: O tempo médio de cirurgia foi de 290 ± 19,1 minutos. Média de sangramento intra-operatório foi de 835 ± 275,3 mL. Tempo de internação médio foi de 15 ± 8,9 dias. No total, 43% dos pacientes apresentaram algum tipo de complicação pós operatória, sendo 44% classificadas como Clavien-Dindo I-II, e 54% Clavien-Dindo III-V. 13 pacientes (15%) necessitaram de reabordagem cirúrgica, sendo evisceração e abdome agudo obstrutivo as principais causas de nova intervenção. Ocorreu um total de 7 óbitos (8%), destes, 3 pacientes foram submetidos a reabordagem cirúrgica. A associação entre óbito e reabordagem cirúrgica foi estatisticamente significativa (p = 0,04).
Conclusões: O número de complicações foi compatível com o relatado na literatura, sendo a maioria delas complicações severas. A ocorrência de óbito teve associação com reabordagem cirúrgica.
Cistectomia radical; complicações;
Uro-oncologia
Hospital Santa Marcelina - São Paulo - Brasil
André Lazzarin Marani, Thyago Vieira Soares Nóbrega, Lucas Bonachi Vergamini, Iure Carvalho Souza, Jorge Chagouri Ocké Junior, Fabricio Golono Kaminagakura, Daniela de Moraes Brasil, Marcos Francisco DallOglio, Fernando José Akira Saito, Alexandre Stievano Carlos