Dados do Trabalho


Título

LINFADENECTOMIA INGUINAL VIDEO-ENDOSCOPICA: RELATO DE CASO E ANATOMIA CIRURGICA

Resumo

INTRODUÇÃO: O envolvimento de linfonodo inguinal no câncer de pênis é um fator prognóstico importante. A linfadenectomia inguinal (LI) permite estagiar e tratar a doença linfonodal. O procedimento pode ser realizado por via aberta e laparoscópica A via aberta possui grande associação com complicações e morbidade. Atualmente, esta cirurgia é realizada de maneira rotineira por via laparoscópica, reduzindo as complicações e possibilitando resultados oncológicos expressivos. OBJETIVO: Apresentar caso clinico de linfadenectomia inguinal videolaparoscopica (LIVL) e revisão de anatomia cirúrgica. MÉTODOS: Realização de coleta de dados através de entrevista clínica, revisão de prontuário e registro de exames de imagem e vídeo do procedimento, desfecho terapêutico e revisão de literatura. Paciente foi submetido a LIVL, com introdução do trocater de 10 mm na junção do musculo adutor e abdutor longo, iniciada a insuflação com CO2 e introduzida ótica de 0o graus, outros 2 trocater são introduzidos formando um triangulo sob a área dos linfonodos inguinais. Indiciada a dissecção e identificação dos vasos femorais, a veia safena é dissecada e seus ramos ligados com clipes hemostáticos, realizada a ressecção dos linfonodos superficiais e profundos com auxilio de pinça seladora. O material foi retirado com auxilio de bolsa laparoscópica, posicionados drenos. RESULTADO: J.S.S
, masculino, 46 anos, procedente da Bahia, admitido no serviço após diagnostico de câncer de pênis (carcinoma de células escamosas) durante postectomia. Ao exame: ausência de linfonodos palpáveis em região inguinal bilateral. Paciente foi submetido a penectomia parcial, com anatomopatológico de carcinoma de células escamosas de pênis (pT3G2). Indicada a LIVL bilateral com preservação da veia safena. Procedimento de 150 minutos, sem intercorrências. Anatomopatológico sem indícios de malignidade em cadeia linfonodal esquerda (0/7) e direita (0/5). Paciente evoluiu sem intercorrências drenos retirados no 20 pós-operatório, evoluindo sem de complicações cutâneas e linfáticas. CONCLUSÃO: O procedimento laparoscópico para controle de metástases de câncer de pênis na região inguinal mostrou-se efetivo na literatura. Esta terapêutica permite menores taxas de complicações e também, redução da morbidade. O estudo anatômico da região inguinal e a padronização dos limites de disseção permite que o cirurgião realize o procedimento com maior controle oncológico e também reduz o risco de intercorrências cirúrgicas.

Palavras Chave ( separado por ; )

cancer de penis; oncologia; videolaparoscopia; linfadenectomia inguinal; anatomia

Área

Uro-oncologia

Instituições

FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ - São Paulo - Brasil

Autores

LUIZ EDUARDO CALOETE XIMENES, EDSON HIROSHI SALGADO URAMOTO, THULIO BOSI VIEIRA BRANDÃO, CARLOS HENRIQUE MARTINS COELHO, CAIO BRAMBILLA, ANDRE DE MELO RIBEIRO, ADRIANO FREGONESI, LISIAS NOGUEIRA CASTILHO, ANUAR IBRAHIM MITRE