Dados do Trabalho


Título

LIBERAÇAO RETROGRADA DO FEIXE NEUROVASCULAR COM PRESERVAÇAO DO COMPLEXO DA VEIA DORSAL DURANTE A PROSTATECTOMIA RADICAL ASSISTIDA POR ROBO: OTIMIZANDO RESULTADOS FUNCIONAIS

Resumo

Resumo: A prostatectomia radical robô assistida (PRRA) apresenta resultados oncológicos satisfatórios para o câncer de próstata, no entanto resultados funcionais ainda não são uniformes.
Objetivos: Apresentar resultados de uma modificação na técnica da PRRA através da preservação das estruturas neurovasculares da região anterior da próstata, visando otimizar resultados funcionais.
Métodos: Estudo prospectivo, sem utilização de grupo controle, que incluiu 128 pacientes submetidos à PRRA com a liberação retrógrada do feixe neurovascular e à preservação do complexo da veia dorsal, feitas por um único cirurgião (R.F.C). Potência foi definida através de pontuação maior ou igual à 17 pelo Índice Internacional de Função Erétil (IIEF-5) e continência como ausência de uso de forros. Os resultados oncológicos analisados foram quantidade de margem cirúrgica positiva (MCP) e sobrevida livre de recorrência bioquímica, a qual foi definida como PSA > 0,2. Complicações foram graduadas pela escala de Clavien-Dindo.
Resultados: A idade mediana dos pacientes de 63,5 anos. A mediana do tempo cirúrgico de pele à pele foi de 78 minutos. A mediana do tempo de internação hospitalar foi de 1 dia, com sete pacientes (5,5%) hospitalizados por mais de 24 horas. A mediana do sangramento trans-operatórios foi de 200 ml e dois pacientes necessitaram de transfusão sanguínea no pós-operatório (1,6%). Quatro pacientes (3,1%) tiveram complicações maior ou igual a grau 3. Recorrência bioquímica (RB) ocorreu em nove dos 128 pacientes (7%) e a mediana de tempo para ocorrer foi de 6 meses. A taxa global de MCP foi de 13,3% (17 de 128 pacientes). A taxa de MCP foi de 9% entre os pacientes com doença pT2 (8/89) e 27% nos pacientes com pT3 (9/38). Quanto aos aspectos funcionais, a continência foi alcançada imediatamente em 85,9% dos pacientes e 98,4% após 1 ano. Já em relação à potência sexual, 60 pacientes (53%) estavam potentes ao final do primeiro mês de pós-operatório e 98 pacientes entre 113 (86%) ao final de 1 ano.
Conclusão: A liberação retrógrada do feixe neurovascular com a preservação do complexo venoso dorsal durante a RARP é segura e está associada a excelentes resultados oncológicos e funcionais. Futuros estudos comparativos são necessários.

Palavras Chave ( separado por ; )

câncer de próstata; prostatectomia; robótica

Área

Uro-oncologia

Instituições

ICESP - São Paulo - Brasil

Autores

Paulo Affonso Carvalho , GILBERTO JOSÉ RODRIGUES, João A. Barbosa , Giuliano Guglielmetti, Maurício D. Cordeiro , Bernardo Rocco, William C. Nahas, Vipul Patel , Rafael F. Coelho