EVOLUÇAO E PROGNOSTICO DE PACIENTES COM PIELONEFRITE OBSTRUTIVA ANTES E APOS DESCOMPRESSAO CIRURGICA DE EMERGENCIA: REVISAO INTEGRATIVA DE LITERATURA
Introdução: A pielonefrite obstrutiva apresenta potencial de causar complicações graves, como sepse e choque séptico, sendo fundamental a abordagem interdisciplinar a fim de garantir rápida desobstrução. Assim, o conhecimento dos fatores relacionados à evolução e prognóstico de tal patologia, bem como as características clínicas do paciente, são fundamentais para a redução da morbimortalidade nesta população.
Objetivos: Avaliar a relação entre características clínicas dos pacientes e da doença com o desfecho clínico da pielonefrite obstrutiva.
Métodos: Levantou-se bibliografia nas bases de dados PubMed, LILACS, BVS-Medline, Google scholar, Scielo e Embase, analisando-se os artigos com base em seu título e resumo para, após seleção, realizar a leitura completa dos estudos.
Resultados: 101 artigos foram analisados, com exclusão de 80 por não se enquadrarem na temática proposta, com leitura de 21 artigos em sua totalidade. A literatura aponta que a pielonefrite obstrutiva é mais comum no sexo feminino e faixa etária entre 42,7 e 68 anos, sendo diabetes mellitus e história de nefrolitiase prévia como as principais características pré-operatórias. O cateter ureteral retrógrado foi a técnica de drenagem de escolha em 52,2 a 94% das vezes, com tempo médio até drenagem entre um e três dias. O principal grupo de antibióticos utilizado é a cefalosporina 3ª geração, sendo a E. coli o principal agente isolado em meios de cultura. Foi relatada evolução com urosepse entre 7,3 a 65% dos pacientes e choque séptico entre 21 e 37%. A letalidade variou entre 0 e 19% nos estudos analisados.
Conclusões: O rápido diagnóstico de pielonefrite obstrutiva, bem como o conhecimento sobre as comorbidades dos pacientes, são fundamentais para a ideal abordagem interdisciplinar, a rápida atuação do médico urologista e a redução da morbimortalidade.
pielonefrite obstrutiva; pielonefrite; descompressão cirúrgica
Infecção
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - São Paulo - Brasil
Gustavo Santana de Lima, Fábio Coltro Neto, Thairo Alves Pereira, Ivan Borin Selegatto, João Marcos Ibrahim de Oliveira, Livia Carvalho Vianelli Ribeiro, Guilherme Miranda Andrade, Cassio Luis Zanettini Riccetto