Dados do Trabalho


Título

EXTRAÇAO DE ESPECIME POR ORIFICIO NATURAL NA CISTECTOMIA RADICAL LAPAROSCOPICA.: EXPERIENCIA INICIAL

Resumo

Introdução: O uso da laparoscopia em urologia está bem documentado e difundido. Menor uso de analgésicos e tempo de internação podem ser comprometidos por problemas na ferida operatória. A retirada de peça cirúrgica por orifício natural (NOSE- em inglês) pode ser uma poderosa aliada para diminuir complicações. A cistectomia radical laparoscópica aumentou de importância por diminuir complicações, sobretudo no tocante a ferida operatória. NOSE em Urologia nao é utilizado pela técnica transanal, objetivo de avaliação deste estudo.
Objetivo: Reportar experiência inicial da cistectomia laparoscópica com extração transanal.
Método: Entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2017, 5 pacientes, homens, com tumor musculo-invasivo, com diversas comorbidades e baixo status performance foram selecionados. TC prévia não evidenciava metástases. Ureterostomia cutânea foi eleita como derivação , incluindo linfadenectomia pélvica simplificada.
Técnica cirúrgica: Após preparo intestinal com manitol e cefoxitina, 5 portais, três de 12mm e dois de 5mm foram colocados no abdome, respeitando colocação usual da prostatectomia laparoscópica. Após controle vascular, procedeu-se a dissecção e isolamento dos ureteres. Logo após, controle vascular vesical foi realizado por bisturi ultrassônico e clipes de polímero, procedendo posteriormente a completa liberação da peça. Após, incisão de 5cm vertical na tenia sigmoidiana foi realizada, com inserção de saco endoscópico de extração. retirada delicada da peça. Grampeador laparoscópico linear 60mm com sutura simples de reforço foram utilizados para fechar sigmóide. Ureteres foram exteriorizados pelos orifícios de 5mm dos portais
Resultados: O tempo médio de cirurgia foi de 180 minutos, incluindo média de 25 minutos para retirada e fechamento de sigmóide. Tempo de internação médio foi de 3 dias, com alimentação iniciada após início de peristalse.
Discussão: Cistectomia radical laparoscópica é ferramenta importante para diminuir complicações pós-operatórias. A utilização NOSE pode contribuir ainda mais, diminuindo tempo de internação, e complicações com ferida operatória. Devemos seguir baseado na literatura proctológica, a qual possui melhor evidência na utiização de NOSE em oncologia. Conclusão: Uso de NOSE em Urologia é uma área promissora cujos trabalhos devem ser aumentados e replicados e ser utilizado em outras formas de derivações urinárias.

Palavras Chave ( separado por ; )

cistectomia, NOSE, laparoscopia

Área

Uro-oncologia

Instituições

Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo - Brasil, Instituto do Câncer Doutor Arnaldo Vieira de Carvalho - São Paulo - Brasil

Autores

Caio Cesar Citatini de Campos, Vinicius Jose Andreotti Panico, Eliney Ferreira Faria, Hamilton Campos Zampolli, Marcos Tobias Machado