Dados do Trabalho


Título

IMPACTO E ADAPTAÇAO AS ALTERAÇOES URINARIAS E SEXUAIS DECORRENTES DA PROSTATECTOMIA RADICAL (PR)

Resumo

I/O: PR é uma forma de tratamento curativo amplamente realizado em todo o mundo no tratamento do câncer de próstata (Cap). Efeitos colaterais desta modalidade de tratamento como disfunções sexuais (DS) e incontinência urinária (IU) são bem conhecidas e podem impactar na qualidade de vida. Nosso objetivo era avaliar o impacto e estudar a eficácia da adaptação às alterações urinárias e sexuais decorrentes da PR.

M: 46 pacientes sexualmente ativos foram seguidos prospectivamente e avaliados em 4 momentos: Pré-operatório, com 3m de pós-operatório (PO), 6m de PO e 12m PO. A eficácia adaptativa foi avaliada usando o instrumento EDAO-R (Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada Redefinida), uma escala quantitativa que varia de 1.5 a 5 pontos e classifica os pacientes em 5 grupo variando de Adaptação Eficaz (EDAOR-R=5) até Adaptação Ineficaz Grave (EDAO-R=1.5). A Função Sexual e Incontinência urinária foram avaliadas utilizando, respectivamente, o Quociente sexual masculino (QS-M) e o Questionário de incontinência urinária (ICIQ-SF). Análise estatística - ANOVA e Wilcoxon test foram realizados para avaliar alterações no EDAO-R durante os diferentes períodos do estudo e sua ligação com alterações sexuais e de incontinência urinária. Mann Whitney test foi utilizado para comparar as medias de score de função sexual e urinária em pacientes com adaptação ineficaz grave ou severa (Grupo A – Adaptação ruim) vs aqueles com adaptação eficaz ou ineficaz leve (Grupo B - Boa adaptação).

R: A idade média dos pacientes recrutados foi de 61.5 (±5.7) anos. Em resumo, nossos resultados mostraram um aumento significativo de pacientes com adaptação ineficaz grave após 1 ano da PR (30.4% vs 10.9%; p=0.002). Quando comparados os scores de função sexual e urinário após 1 ano entre os grupos com adaptação ruim e boa (Grupo A vs Grupo B), a média do score de incontinência urinária (ICIQ-SF) foi significativamente maior no Grupo A (4.5 ± 6.0 e 1.5 ± 3.5; p=0.03) indicando que incontinência urinária impacta o processo adaptativo pós cirúrgico. Em relação a função sexual, a média do QSM no Grupo A foi de 39.4 ± 20.7 e no Grupo B foi de 45.5 ± 25.6, mas esta diferença não atingiu significância estatística.

C: A jornada pós PR é associada com índices elevados de adaptação psicológica ineficaz, indicando conflitos intra e extra psíquicos. A presença de incontinência urinária se correlacionou significativamente com mecanismos de adaptação mais comprometido.

Palavras Chave ( separado por ; )

Adaptação Psíquica, Incontinência Urinária, Disfunção Sexual, Pós operatório, Câncer de Próstata

Área

Disfunção Sexual

Instituições

DIVISAO DE UROLOGIA DO HC-FMUSP, GRUPO DE MEDICINA SEXUAL - São Paulo - Brasil

Autores

Georgia M A Iema, Bruno Nascimento, Cristovão M Barbosa, Rogerio Sayão Filho, Jose de Bessa, Homero Bruschini, Marcos F. Dall’Oglio, Miguel Srougi, William C Nahas, José Cury