PIELOPLASTIA ROBOTICA EM PACIENTE PEDIATRICO: ASPECTOS TECNICOS E REVISAO SISTEMATICA DE LITERATURA
INTRODUÇÃO: Desde 1995, a pieloplastia laparoscópica é considerada uma alternativa minimamente invasiva à cirurgia aberta no tratamento da estenose de junção ureteropélvica (EJUP) em crianças. Devido à visão tridimensional, menor curva de aprendizado e melhor manipulação de instrumentos em procedimentos laparoscópicos assistidos por robô, a pieloplastia robótica (PR) tornou-se uma opção terapêutica emergente, especialmente nos pacientes pediátricos que possuem estruturas muito delicadas.
OBJETIVO: Descrever os aspectos técnicos da PR em paciente pediátrico e realizar uma revisão sistemática da literatura sobre o tema.
MÉTODOS: Foram descritos todos os passos operatórios da pieloplastia desmembrada laparoscópica assistida pelo robô Da Vinci Xi realizada em criança de 5 anos, com EJUP à direita, no Hospital MaterDei Contorno, em Belo Horizonte, MG, Brasil, em 01 de novembro de 2018. Em março de 2019, foi realizada uma revisão sistemática da literatura, utilizando o método PRISMA, que comparou a PR com outras técnicas. A estratégia de busca nas bases de dados PUBMED/MEDLINE foi a combinação dos termos MESH “child”, “robotic”, “minimally invasive surgical procedures”, “laparoscopic” e textos livres “pyeloplasty”, “paediatric”, “pediatric”, “robot-assisted laparoscopic”, “standard”, “open” e “conventional”. No SCIELO, buscou-se pelas palavras “pieloplastia” e “robótica”. Além disso, foi realizada busca ativa nas listas de referências de todos os artigos elegíveis, “related articles” e “similars articles” do PUBMED. Não houve restrições quanto à data e ao idioma de publicação para os estudos identificados. Foram considerados elegíveis os estudos originais que compararam a PR com a laparoscópica pura e/ou aberta, em pacientes menores de 12 anos. Por fim, foram selecionadas apenas revisões sistemáticas com meta-análises e analisada criticamente a literatura encontrada. A busca e seleção dos estudos foram realizadas por dois revisores e as divergências foram resolvidas por um terceiro revisor.
RESULTADOS: Nossa experiência inicial ilustrou as características técnicas e a viabilidade da PR em crianças. Foram incluídos sete artigos em nossa revisão sistemática da literatura que evidenciaram a morbidade reduzida da PR quando comparada com a cirurgia laparoscópica pura ou aberta.
CONCLUSÃO: A PR é segura e factível em população pediátrica. Evidências com ensaios clínicos randomizados são necessárias para se confirmar os bons resultados.
Junção ureteropélvica, Uropediatria, Cirurgia Minimamente Invasiva, Cirurgia Robótica, Pieloplastia
Urologia Pediátrica
Rede MaterDei de Saúde - Minas Gerais - Brasil, Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS-BH) - Minas Gerais - Brasil
Marcelo Esteves Chaves Campos, Rafael Almeida Magalhães, Pedro Romanelli Castro, Ana Luíza Vanolli, Rafaela Avellar Guedes Teixeira