INCIDENCIA DE COLICA RENAL NAS ESTAÇOES DO ANO. HA RELAÇAO?
INTRODUÇÃO: Diversos autores descrevem o aumento de aproximadamente 30% das cólicas renais durante os climas mais quentes, como a primavera e o verão. Um dado importante que pode influenciar as politicas publicas e o manejo de recursos em determinadas épocas do ano. Este trabalho visa avaliar se as mudanças climáticas estão envolvidas em mudanças epidemiológicas de incidência de cólicas renais decorrentes de ureterolitiase obstrutivas aumentando ou reduzindo a ureteroscopias e/ou passagem de cateteres duplo J na urgência em um hospital público na cidade de São Paulo, Brasil.
MÉTODOS: Foram avaliados 94 ureteroscopias de urgência com ou sem passagens de DJ por motivo de cólica renal / pielonefrite decorrentes de ureterolitíase obstrutiva ocorridas de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2018, as médias de temperatura máxima e mínima em cada mês de 2018 e a relação destas.
RESULTADOS: A média de temperatura mínima do ano variou entre 11,7 a 18,8ºC (média 15,5ºC) e máxima entre 21,8 a 28ºC (média 24,8ºC). Nos meses mais quentes do ano, na estação verão, foram realizadas 34 ureteroscopias e/ou passagem de duplo J por cólica renal, aproximadamente 46% das intervenções no ano (Tabela 1).
CONCLUSÃO: Há um aumento na incidencia de cólicas renais com repercussão clínica, necessitando intervenção seja por ureterolitotripsia ou por descompressão renal por passagem de DJ nos períodos mais quentes do ano.
LITIASE RENAL; CÓLICA NEFRÉTICA; DUPLO J; CLIMA; URETEROLITOTRIPSIA
Litíase / Endourologia
HOSPITAL DO SERVIDOR PUBLICO MUNICIPAL - São Paulo - Brasil
BRUNO GARCIA DIAS, LUIZ OCTAVIO RODRIGUES RIBEIRO, RENATO KAPITIAM GIRON, JOÃO HENRIQUE AGUAYO MUSSY, RODOLFO ANISIO SANTANA DE TORRES BANDEIRA, NELSON GASPAR DIP, ALEXANDRE SANT'ANNA CRIPPA