Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DO IMC COMO FATOR DE RISCO PARA DISFUNÇAO ERETIL

Resumo

Introdução: Uma vez que o mecanismo fisiopatogênico da disfunção erétil tem similaridade com o processo aterosclerótico, cada vez mais evidências científicas demonstram que o aumento da gordura corporal central tem elevado os riscos para disfunção erétil. Objetivos:Determinar o aumento do índice de massa corpórea como importante fator de risco para disfunção erétil, além de avaliar possíveis modificadores de estilo de vida associados.
Métodos: Este é um estudo de Revisão de Literatura sobre a temática citada, que foi baseado e respaldado em artigos dos últimos 19 anos, sendo pesquisados no periódico PubMed no período entre Setembro de 2018 a Maio de 2019.
Resultados: A síndrome metabólica está associada a pacientes com maior comprimento de cintura abdominal, hipertensão, resistência insulínica e dislipidemia. Dessa forma, quatro de cinco componentes da síndrome metabólica são importantes fatores de risco para disfunção erétil. Atualmente, percebe-se que o IMC acima de 25kg/m2 tem aumentado o risco de disfunção erétil em 30 a 90% comparado a população normal. Isso tem ficado ainda mais evidente em pacientes com IMC acima de 30kg/m2. A realização de atividade física de alto impacto diminuiu 58% e de médio 37%, o risco de disfunção erétil. Cerca de um terço dos homens obesos com disfunção erétil pode recuperar sua atividade sexual após 2 anos de modificação do estilo de vida para comportamentos mais saudáveis. A adoção da dieta mediterrânea por 2 anos em mulheres com síndrome metabólica aumentou em 30% a função sexual. Como a prevalência de hipogonadismo primário (gonadotrofina elevada e testosterona total < 8nM) em pacientes diagnosticados com síndrome metabólica é significativamente maior, esses pacientes vem relatado também hipoatividade sexual (39,6%), ejaculação precoce (22,7%) e ejaculação retardada (4,8%).
Conclusões: As mudanças do estilo de vida como alimentação saudável e atividade física, mesmo após a meia-idade são potenciais diminuidores do risco de disfunção erétil em ambos os sexos. A dieta mediterrânea tem sido fator protetor na função sexual em mulheres com síndrome metabólica. A retirada do tabagismo e do consumo de álcool em pacientes após a meia-idade não está associado à redução da incidência de disfunção erétil. A incidência de disfunção erétil é bastante elevada em homens com doença arterial coronariana, sendo necessário o rastreamento rotineiro desses pacientes.

Palavras Chave ( separado por ; )

fatores de risco; massa corporal; disfunção erétil.

Área

Disfunção Sexual

Instituições

Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) - Paraíba - Brasil

Autores

Gabriella Bento de Morais , Daniel Meira Nóbrega de Lima , Bianca Kelly Dantas de França , Ana Mel Maria Souza Vasconcelos Rocha, Vinicius Ferreira Pires Bueno, Luiz Henrique Ribeiro de Morais Ferreira