NEFROURETERECTOMIA COM CUFF VESICAL VIDEOLAPAROSCOPICA EM PACIENTES COM CARCINOMA UROTELIAL DO TRATO URINARIO SUPERIOR
Introdução: O carcinoma urotelial do trato urinário superior é raro, representando cerca de 5% dos casos de carcinoma urotelial. O tratamento inclui a nefroureterectomia com ressecção do cuff vesical, que pode ser realizada de modo aberto ou laparoscópico. As vantagens da abordagem laparoscópica incluem menor perda sanguínea, dor pós-operatória, morbidade e tempo de internamento, sem mudança de posicionamento do paciente no intra-operatório.
Objetivo: Apresentar o passo a passo da técnica cirúrgica adotada na nefroureterectomia laparoscópica, principalmente da ressecção do cuff vesical via laparoscópica em paciente com carcinoma urotelial do trato urinário superior.
Métodos: O procedimento foi realizado em 10 pacientes, sendo 3 mulheres e 7 homens. Quando à lateralidade, 6 foram à esquerda e 4 à direita.
Resultados: O tempo cirúrgico médio foi de 180 minutos, com sangramento médio de 250ml. Foi realizada uma punção adicional de 5mm na linha axilar anterior, 4cm acima da crista ilíaca ântero-superior, com o objetivo de tracionar o ureter, sendo possível realizar melhora triangulação das pinças laparoscópicas. Dessa forma, a óptica também pode ser mudada para o trocater de 10mm. Foi realizada a dissecção do ureter até a bexiga, com dissecção do músculo detrusor até mucosa, seguido de abertura da mesma com visualização do meato ureteral. Realizado ponto de fixação na mucosa vesical posteriormente e ressecção do meato ureteral, seguido da rafia vesical.
Conclusão: A nefroureterectomia laparoscópica com ressecção do cuff vesical é uma técnica segura, reprodutível e com resultados superiores em relação à abordagem convencional.
Nefroureterectomia; Carcinoma urotelial
Uro-oncologia
Universidade Federal da Bahia - Bahia - Brasil
Filip M S Prado, Felipe Silva Pereira, Andre Costa Matos, Lucas Teixeira Batista, Emanoel Nascimento Santos, Ubirajara Barroso, Mariana Fucs, Rafael Rocha Tourinho, Fabio Sepulveda, Paulo Ricardo Sampaio de Melo