Dados do Trabalho


Título

TRANSPLANTE RENAL: COMPLICAÇOES UROLOGICAS, EXPERIENCIA DE UM CENTRO

Resumo

Introdução: O transplante renal é considerado o tratamento padrão ouro para a Doença Renal Crônica, proporcionando uma maior sobrevida e uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, quando comparado com a diálise. A fila de espera para o Transplante Renal atualmente no Brasil ultrapassa cerca de 20.000 pacientes e, deste modo, trata-se do órgão com a maior demanda no país, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO, 2018). Como tal, para suprir essa demanda crescente, houve necessidade de aumentar substancialmente o número de doadores em condições limítrofes, ou seja, doadores falecidos cujos rins apresentam um maior risco de desfechos clínicos piores (chamados de doadores de critério expandido). Apesar de ser considerado um procedimento cirúrgico seguro, as suas complicações cirúrgicas constituem uma preocupação do ponto de vista de morbimortalidade, daí a importância deste trabalho.
Métodos: Foi feita uma análise retrospectiva de 305 pacientes submetidos a Transplante Renal entre 22 de Setembro de 2016 e 28 de Março de 2018, num centro de Transplante - Hospital São Francisco, Rio de Janeiro. Este centro é considerado um dos quatro mais importantes do país, sendo o que realiza o maior número de transplantes renais do Estado do Rio de Janeiro, segundo dados da ABTO.
Objetivos: O objetivo do estudo foi acompanhar o pós operatório desses 305 pacientes, e avaliar as suas complicações urológicas nesse período, assim como o tratamento de cada uma delas.
Resultados: Nesse grupo de pacientes, as complicações Urológicas analisadas foram: a Fístula Urinária, que ocorreu em 16 casos (5%), sendo que metade dos casos foi devido a Necrose do Ureter; e estenose/ obstrução ureteral em 2 casos. Para o tratamento das fístulas urinárias foram realizados: 9 reimplantes simples; 5 uretero-pielo anastomoses; 2 uretero-uretero anastomoses. Vale ressaltar que não houve nenhuma perda do enxerto devido a fístula urinária. A sobrevida perioperatória do grupo de pacientes analisados foi de 97%.
Conclusões: Qualquer paciente transplantado está sujeito às complicações pós operatórias e à necessidade de reinternação ou até mesmo reexploração cirúrgica. Analisando a literatura atual, a prevalência de fístula urinária é em média 12%.Dessa forma, podemos concluir que os resultados obtidos neste estudo relativamente às complicações urológicas dos 305 Transplantes Renais realizados, estão abaixo da média quando comparado com a literatura.

Palavras Chave ( separado por ; )

Transplante Renal; Complicações Urológicas; Fístula Urinária

Área

Transplante Renal / Miscelânea

Instituições

Hospital São Francisco - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Ricardo Ribas, Felippe Luiz Fonseca, Rivaldo Tavares, Leandro Tavares, Carlota Costa, Cláudia Fagundes, Sueli Correa, Deise Carvalho