Dados do Trabalho


Título

ADRENALECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA SECUNDARIO A FEOCROMOCITOMA CISTICO MAIOR QUE 6CM.

Resumo

Introdução
Feocromocitoma cístico é uma patologia rara, de difícil diagnóstico e por isso poucos urologistas tem experiência em seu tratamento. Existe uma contraindicação relativa a técnica minimamente invasiva em lesões > 6cm devido a maior probabilidade malignização. Este relato visa descrever a técnica de adrenalectomia videolaparoscópica (VLP) em feocromocitoma cístico com 9cm.
Descrição do caso
Paciente, feminina, 56 anos, com diagnóstico de HAS há 15 anos, relatava crises hipertensivas associada a sudorese intensa, taquicardias frequentes e de inicio súbito. Paciente informa que em consulta de rotina com cardiologista foi solicitado US de abdome, tendo sido encontrada tumoração de cerca de 9,4x7,5cm entre rim esquerdo e baço, sugestivo de cisto. Realizou TC de abdome que evidenciou volumosa formação expansiva de conteúdo com atenuação cística e paredes espessas que realçam ao meio de contraste, na topografia da adrenal esquerda, medindo 9,1x8,2x8,0 cm. Após dosagem de metanefrinas urinárias foi então diagnosticada com feocromocitoma cístico e encaminhada para o urologista para adrenalectomia. Iniciado bloqueio alfa um mês antes da abordagem cirúrgica. Indicada abordagem VLP.
Materiais e Métodos
Paciente em posição de decúbito lateral direita, foram utilizados 3 portais, 1 de 10mm próximo a cicatriz umbilical e dois de 5mm , 1 em linha médio clavicular a 2cm do rebordo costal e 1 em linha mamilar a 2cm da crista ilíaca. Iniciado dissecção da lesão de maneira romba na borda medial da glândula de modo a identificar e a ligar a veia adrenal precocemente, o que se mostrou difícil pois o tumor era volumoso. A dissecção prossegue em direção à borda lateral da adrenal. Ainda foram encontradas e ligadas mais 2 veias com calibre aumentado. Liberada a glândula, ela foi ensacada dentro do abdome e retirada por meio da ampliação do trocarter de 5mm próximo a crista ilíaca. O paciente apresentou picos hipertensivos durante toda a cirurgia com necessidade de uso de nipride e posteriormente drogas vasoativas. Permaneceu a unidade de terapia intensiva no primeiro dia, recebendo alta para enfermaria no 2 DPO e alta hospitalar no 3 DPO, totalmente assintomática.
Conclusão
A ressecção VLP de lesões de feocromocitomas císticas acima de 6cm é uma abordagem factível e segura nas mãos de urologistas experientes e pode ser a 1º opção de técnica a ser escolhida.

Palavras Chave ( separado por ; )

Adrenalectomia; videolaparocopica; feocromocitoma; cistico; >6cm; VLP

Área

Uro-oncologia

Instituições

Universidade Federal da Bahia - Bahia - Brasil

Autores

Lucas Rosemberg Pellegrino Jorge Alencar, Felipe da Silva Pereira, Rafael Prates Silva, Filip Messias Prado, Emanoel Nascimento Santos, Lucas Teixeira Batista, Ubirajara Barroso