UP HOLD X SPLENTIS NO TRATAMENTO DE PROLAPSO DE ORGAO PELVICO EM ESTADIO AVANÇADO. ESTUDO PROSPECTIVO E RANDOMIZADO: RESULTADOS PARCIAIS
RESUMO: As indicações para o uso de tela durante a cirurgia de POP tem sido amplamente debatidas após, nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), desde 2008 relatar complicações associadas ao uso de telas implantadas via vaginal, e mais atualmente em abril de 2019, restringir o uso de telas por via vaginal para correção de POP a protocolos de pesquisa. O uso de tela, via vaginal, permanence como opção para paciente com alto risco de recorrência do prolapso e mais estudos são necessários para definir sua eficácia e segurança no tratamento do POP em estádio avançado.
Objetivos: Comparar a eficácia e segurança do tratamento de POP em estádio avançado com uso de duas telas comerciais.
Método: Estudo prospectivo, randomizado, simples cego, comparando o uso de duas telas comerciais para tratamento de POP. Selecionadas mulheres adultas, maiores de 18 anos, portadoras de POP, estádios III ou IV, anterior e apical. Serão randomizados o tratamento de 80 pacientes com uso de dois tipos diferentes de tela comercial (UpHOLD x SPLENTIS) para seguimento até 12 meses. O sucesso objetivo foi definido como descenso do ponto C ≤ 1/3 do comprimento vaginal total, ponto Ba e Bp < -1, e sem reoperação. Sucesso subjetivo foi definido como ausência de sintomas de POP e PGI-I (patient global impression of improvement) alternativas 1 e 2. As pacientes também responderam à Escala Visual Analógica (EVA) para satisfação com o tratamento e para dor, e ao ICIQ-VS.
Resultados: Da amostra de 80 pacientes que serão selecionadas, 49 foram operadas e destas 34 retornaram com seguimento de três meses até o momento. Quinze receberam a tela SPLENTIS e 19 a tela UpHOLD. Os grupos foram semelhantes quanto a características epidemiológicas e clínicas. A taxa de sucesso objetiva geral até o momento é de 70% considerando todos os compartimentos. Dez pacientes (29%) apresentaram alguma falha em um dos compartimentos, com retorno do prolapso anterior em quatro (11%), prolapso posterior em três (8%) e apical em nove (26%). Em duas pacientes que apresentaram falha apical do grupo UpHold foram para histerectomia vaginal. Não houve até o momento diferença estatística de sucesso tanto objetivo quanto subjetivo entre os grupos (p=0,45).
Conclusão: Os resultados parciais mostram taxa de sucesso objetiva geral de 75% com três meses de acompanhamento. Entre os grupos, até o momento, não há diferença estatística de taxa de sucesso.
Prolapso de Órgão Pélvico; Histeropexia; Histeropexia Sacroespinhal; Tela
Urologia Feminina
HOSPITAL MUNICIPAL MATERNIDADE ESCOLA DR. MARIO DE MORAES ALTENFELDER SILVA - São Paulo - Brasil
RAPHAEL DE JESUS MOREIRA, ANDRÉ COSTA MATOS, JOSÉ EDUARDO ROCHA GONÇALVES, RAQUEL DORIA RAMOS RICHETTI, SIMONE PEREIRA VIDOTTI, SUSANE MEI HWANG, ALEXANDRE PIOVESAN MENDONÇA, ALESSA CUNHA MACHADO, LUIS GUSTAVO MORATO DE TOLEDO