AVALIAÇAO DE UPGRADING E DOWNGRADING ENTRE A BIOPSIA E A PEÇA CIRURGICA NO CANCER DE PRÓSTATA
INTRODUÇÃO: O estadiamento do câncer de próstata engloba o antígeno prostático específico (PSA), o escore de Gleason e o toque retal. Sendo a prostatectomia radical discutida nos casos de doença localizada e localmente avançado, no contexto de terapia multimodal. A variação entre o escore de Gleason entre a biópsia e a peça cirúrgica pode ocorrer, normalmente com piora do Gleason. Estudos mostram upgrading em até 30% dos casos. OBJETIVO: Avaliar a correlação do escore de Gleason entre a biópsia prostática e a análise da peça cirúrgica na prostatectomia radical. MÉTODO: Análise retrospectiva das prostatectomias realizadas entre fevereiro de 2018 até fevereiro de 2019, totalizando 78 homens. Apenas 3 pacientes não tiveram os dados acessados e foram excluídos da análise. Todas as biópsias ocorreram por via transretal. A abordagem foi retropúbica em 35,9% das cirurgias e laparoscópica transperitoneal em 64,1%. RESULTADOS: Houve downgrading e upgrading em 15 casos (22,66%) e 37 (49,33%), respectivamente. A mudança ocorreu principalmente no upstaging de Gleason 6 para 7 (3+4) em 25 pacientes (67,56%). Enquanto o downstaging foi mais comum de Gleason “4+3” para o “3+4” em 6 pacientes (35,29%). CONCLUSÃO: A variação do Gleason entre a biópsia e a peça cirúrgica apresenta impacto no prognóstico do câncer de próstata. Melhorar a acurácia na análise dos fragmentos prostáticos é fundamental para possibilitar o estadiamento mais fidedigno e a adoção de tratamnetos mais conservadores, como a vigilância ativa.
Câncer de próstata; biópsia; prostatectomia; upgrading; downgrading
Uro-oncologia
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - Pernambuco - Brasil
Rodrigo Luciano Ramos Silva, Márcio Andrade Silva Freire, Matheus Mello Freire Santana, Françualdo Ribeiro Sá Barreto, Guilherme Tavares Silva Maia, Luiz Paulo Figueiredo Vieira, Serafico Pereira Cabral Junior, Serafico Pereira Cabral Filho