Dados do Trabalho

Título

INCIDENCIA DE PROSTATITE AGUDA EM PACIENTES COM TRANSPLANTE RENAL APOS BIOPSIA DE PROSTATA TRANSRETAL GUIADA POR ULTRASSONOGRAFIA.

Resumo

Introdução e Objetivo: A sobrevida a longa prazo aumentou em receptores de transplante renal (RTR). Consequentemente, cânceres urológicos como câncer de próstata (CaP) tem aumentado nessa população. Biópsia de próstata transretal guiada por ultrassonografia (BPTR) é o procedimento padrão para diagnóstico de CaP. A incidência de prostatite aguda após BPTR na população geral varia entre 0,52% a 4,2%. Nosso estudo pretende avaliar a incidência de prostatite aguda em pacientes RTR após BPTR.

Métodos: Entre Maio de 1986 à Setembro de 2018 um total de 4380 transplantes renais foi realizado em nossa instituição. Um total de 40 RTR foram submetidos a BPTR para investigação de CaP. Todas as biópsias foram realizadas guiadas por USG. Os pacientes receberam profilaxia com 500mg de ciprofloxacino oral 2 vezes ao dia por 5 dias, iniciando 24 horas antes do procedimento. Foram inclusos os pacientes com prostatite aguda até 14 dias após a realização da biópsia.

Resultados: Prostatite aguda foi diagnosticada em 11,6% dos pacientes após BPTR, 60% necessitando de hospitalização e nenhum paciente necessitou de cuidados em terapia intensiva. A perda de função renal média (estimada pelo MDRD) foi 27% durante o período de infecção, retornando aos valores basais após o tratamento.

Conclusões: A incidência de Prostatite aguda após BPTR em RTR foi 11,6%, aproximadamente 4 vezes maior em comparação com a população geral. Em 60% dos pacientes foi necessário hospitalização. Alguns casos apresentaram perda transitória de função do enxerto, entretanto, MDRD retornou a valores basais após o tratamento. Sugerimos um esquema de profilaxia antibiótica alternativo e seguimento clínico cuidadoso nesse grupo de pacientes.

Palavras Chave ( separado por ; )

Prostatite; Biópsia de Próstata; Transplante Renal