Dados do Trabalho


Título

CORRELAÇÃO ENTRE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE MAMÓGRAFOS, QUANTITATIVO DE MAMOGRAFIAS REALIZADAS E TAXA DE MORTALIDADE POR NEOPLASIA MAMÁRIA NO BRASIL

Introdução

O rastreamento com mamografia é o principal recurso para detecção precoce do câncer de mama. No entanto, a cobertura mamográfica no Brasil é impactada pelas diferenças socioeconômicas na disponibilidade dos serviços de saúde, bem como pela má distribuição dos mamógrafos. Assim, este trabalho pretende descrever, analisar e correlacionar a taxa de mortalidade por neoplasia maligna da mama no sexo feminino com os números de mamógrafos existentes e de mamografias realizadas por região geográfica no Brasil entre 2015 e 2019, comparando estes números com os dados definidos pelo Ministério da Saúde (MS).

Casuística e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo de dados secundários na qual a fonte de dados foi retirada do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As informações foram extraídas das cinco regiões do Brasil (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste). As variáveis estudadas foram número de mamografias realizadas, quantidade de mamógrafos disponíveis, óbitos devido à neoplasia maligna da mama e estimativas da população. Para análise dos dados foi utilizado o programa SPSS, sendo obtida correlação pelo teste de Spearman; enquanto o teste Exato de Fischer foi utilizado para as variáveis qualitativas.

Resultados

Foi observada uma oscilação nos valores das taxas de mortalidade entre as regiões, com aumento dos números de mamógrafos, bem como de mamografias a cada ano estudado. As menores taxas de mortalidade ficaram na região Norte, enquanto as maiores nas regiões Sul e Sudeste; já o maior número de mamografias realizadas e de mamógrafos existentes estavam na região Sudeste. A quantidade de mamógrafos disponíveis nas cinco regiões do Brasil encontra-se acima da quantidade proposta pelo MS, no entanto, o número de mamografias realizadas ficou abaixo do estimado. A correlação entre mortalidade, distribuição de mamógrafos e mamografias realizadas foi positiva em todas as regiões, exceto entre mamografias realizadas na região Norte, no entanto, todas sem significância estatística.

Conclusões

A quantidade de mamógrafos existentes em cada região brasileira é maior que o preconizado, no entanto, o número de mamografias realizadas é bem inferior ao recomendado pelo MS, notando-se simultaneamente que as taxas de mortalidade por neoplasia maligna de mama mostraram tendência de crescimento.

Palavras Chave

Neoplasia mamária maligna; Mamografia, Mamógrafo, Taxa de Mortalidade.

Área

Mama

Instituições

Clínica Delfin Medicina Diagnóstica - Bahia - Brasil, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Bahia - Brasil

Autores

Dante Claudino de Oliveira, Camila de Almeida Costa Alencar, Alice Guimarães Lima, Carolina Freitas Lins